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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Cigarros Eletrónicos e Vaping: O Perigo Escondido Atrás dos Sabores e do Vapor

O seu filho adolescente chegou a casa com um objeto que parece um pen drive colorido? Ou talvez tenha reparado num aroma adocicado a morango ou baunilha no quarto dele? Atenção: pode não ser um simples gadget tecnológico, mas sim um cigarro eletrónico - também conhecido como vapeNos últimos anos, assistimos a uma verdadeira epidemia silenciosa entre os jovens. Enquanto o tabagismo tradicional diminuía graças a décadas de campanhas de saúde pública, surgiu uma nova ameaça disfarçada de modernidade e "segurança": os dispositivos eletrónicos para fumar. Com design apelativo, sabores doces e uma falsa promessa de serem "menos perigosos", estes aparelhos conquistaram milhões de adolescentes em todo o mundo.

Os números são alarmantes: nos Estados Unidos, apesar de uma redução recente, ainda cerca de 5,9% dos estudantes do ensino básico e secundário usaram cigarros eletrónicos em 2024 - o que representa aproximadamente 1,6 milhões de jovens. No Brasil, um em cada nove adolescentes já experimenta estes dispositivos, sendo o uso cinco vezes superior ao do cigarro tradicional.

O mais preocupante? A maioria dos pais não sabe identificar estes aparelhos, que podem ter o formato de canetas, pen drives, ou até relógios. E muitos jovens nem sequer se consideram "fumadores", ignorando completamente os riscos que correm.

O Que São os Cigarros Eletrónicos?

Os cigarros eletrónicos, conhecidos também como vapes, pods ou DEF (Dispositivos Eletrónicos para Fumar), são aparelhos alimentados por bateria que aquecem uma solução líquida - o chamado e-líquido ou juice - produzindo um vapor ou aerossol que é inalado.

Composição do e-líquido:

  • Nicotina (em concentrações variáveis, muitas vezes superiores às do cigarro tradicional) 
  • Propilenoglicol ou glicerina vegetal
  • Aromatizantes e saborizantes (morango, manga, menta, chocolate, etc.)
  • Substâncias químicas potencialmente tóxicas

A grande diferença do cigarro tradicional: Enquanto quem fuma um maço de cigarros dá cerca de 200-250 inalações por dia, um utilizador de vape pode dar entre 500 a 1500. Além disso, os cigarros convencionais têm um limite de 1 mg de nicotina por unidade no Brasil, mas os vapes podem conter até 57 mg de nicotina por ml de líquido.

Os Riscos para a Saúde dos Jovens

1. Dependência de Nicotina

A nicotina é uma substância altamente viciante que chega ao cérebro em apenas 6 a 10 segundos após a inalação. Nos adolescentes, cujo cérebro ainda está em desenvolvimento até cerca dos 25 anos, a nicotina causa alterações permanentes no sistema nervoso central, afetando:
  1. Memória e concentração
  2. Controlo dos impulsos
  3. Humor e comportamento
  4. Risco aumentado de dependência futura de outras substâncias

2. Doenças Pulmonares Graves

EVALI (Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrónico): Esta doença grave surgiu em 2019 nos Estados Unidos, afetando principalmente jovens. Os sintomas incluem:

  • Tosse persistente Falta de ar
  • Dor torácica
  • Febre e calafrios
  • Náuseas, vómitos e diarreia
  • Pneumonia grave que pode evoluir rapidamente

"Pulmão de Pipoca" (Bronquiolite Obliterante): Alguns líquidos contêm diacetil e outras substâncias que, quando inaladas, causam inflamação e cicatrizes irreversíveis nos brônquios mais pequenos, levando a dificuldade respiratória permanente.

Outras complicações respiratórias:

  • Bronquite crónica Asma
  • Enfisema pulmonar Pneumonia

3. Risco Cardiovascular

A nicotina e outras substâncias presentes no vapor aumentam:

  1. Frequência cardíaca
  2. Pressão arterial
  3. Risco de arritmias
  4. Risco de enfarte do miocárdio (mesmo em jovens)

4. Risco de Cancro

Os e-líquidos contêm substâncias cancerígenas como:

  • Formaldeído
  • Acetaldeído
  • Acroleína
  • Metais pesados (chumbo, cádmio, urânio)
  • Nitrosaminas

Estudos já associam o uso de vapes a maior risco de cancro de pulmão, bexiga, esófago e estômago.

5. Porta de Entrada para o Tabagismo Tradicional

Contrariamente ao que muitos pensam, os cigarros eletrónicos não ajudam a parar de fumar. Na verdade, adolescentes que começam com vapes têm quatro vezes mais probabilidade de iniciarem o consumo de cigarros tradicionais.

Como os Pais Podem Identificar o Uso?

Sinais Físicos:

  • Tosse persistente sem causa aparente 
  • Falta de ar ou dificuldade respiratória 
  • Rouquidão
  • Sangramento nasal frequente
  • Feridas ou irritação na boca 
  • Aumento da sede Hemorragias nasais

Sinais Comportamentais:

  • Necessidade frequente de carregar dispositivos eletrónicos estranhos
  • Aromas adocicados (morango, baunilha, manga) em roupas, cabelo ou quarto 
  • Aumento de gastos inexplicáveis
  • Comportamento mais reservado ou isolamento
  • Irritabilidade ou mudanças de humor (sintomas de abstinência)
  • Procura frequente de privacidade (especialmente na casa de banho)

Objetos Suspeitos:

  • Aparelhos que parecem pen drives, canetas, relógios ou outros gadgets 
  • Pequenos frascos de líquidos coloridos
  • Embalagens com designs atrativos e cores vivas
  • Baterias e carregadores USB pequenos

Dicas Práticas para Pais: Prevenção e Intervenção

1. Comunique Abertamente

  • Converse sobre o tema antes que surjam suspeitas
  • Explique os riscos de forma clara e baseada em factos
  • Evite abordagens alarmistas ou punitivas que fechem o diálogo
  • Partilhe histórias reais de jovens afetados
  • Mostre que compreende a pressão dos pares, mas reforce que a saúde vem primeiro

2. Esteja Atento às Redes Sociais

  • Os vapes são promovidos intensamente no TikTok, Instagram e YouTube
  • Influencers promovem estes produtos como "modernos" e "seguros"
  • Converse sobre publicidade enganosa e marketing dirigido a jovens
  • Supervisione (sem invadir a privacidade) o conteúdo que o seu filho consome online

3. Dê o Exemplo

  • Se fuma (cigarro tradicional ou eletrónico), considere parar 
  • Mostre alternativas saudáveis para gerir o stress
  • Seja coerente entre o que diz e o que faz

4. Conheça os Amigos do Seu Filho

  • Mantenha contacto com outros pais
  • Organize atividades em grupo que permitam conhecer as amizades 
  • Esteja atento a mudanças no círculo social

5. Procure Ajuda Profissional

Se suspeita que o seu filho usa vapes, não hesite em consultar o pediatra Programas de cessação tabágica também funcionam para cigarros eletrónicos O apoio psicológico pode ser fundamental para compreender as motivações Em caso de sintomas respiratórios, procure avaliação médica urgente

6. Estabeleça Regras Claras

  • Defina consequências claras e consistentes
  • Reforce comportamentos positivos
  • Mantenha uma presença interessada mas não invasiva

7. Promova Atividades Saudáveis

  • Incentive desporto e atividades físicas
  • Apoie hobbies e interesses
  • Fortaleça a autoestima através de conquistas reais 
  • Crie momentos de lazer familiar

Contexto Legal em Portugal e no Mundo

Em Portugal: A venda de cigarros eletrónicos com nicotina é regulamentada, sendo proibida a venda a menores de 18 anos. No entanto, a fiscalização é difícil, especialmente com as vendas online.

No Brasil: A ANVISA proíbe a comercialização, importação e propaganda de todos os dispositivos eletrónicos para fumar desde 2009. Contudo, o uso pessoal não é banido, e o acesso através da internet ou comércio informal continua facilitado.

Nos Estados Unidos: Após uma epidemia de uso juvenil que atingiu 27,5% dos adolescentes em 2019, a FDA (Food and Drug Administration) implementou regulamentação rigorosa, conseguindo reduzir o consumo para 5,9% em 2024. A marca Elf Bar, por exemplo, viu a sua popularidade cair 36% após advertências às lojas.

Conclusão

Os cigarros eletrónicos não são a alternativa "segura" que a indústria promete. São, na verdade, uma nova estratégia para viciar uma nova geração em nicotina, disfarçada de tecnologia moderna e sabores apelativos.

Como pais e cuidadores, temos a responsabilidade de:

  1. Informar os nossos jovens sobre os riscos reais 
  2. Estar atentos aos sinais de uso
  3. Dialogar abertamente sem julgamento 
  4. Procurar ajuda quando necessário

Dar o exemplo de escolhas saudáveis

Lembre-se: não existe nível seguro de consumo de nicotina para crianças e adolescentes. O cérebro jovem é particularmente vulnerável aos efeitos desta substância, e as consequências podem ser permanentes. O vapor pode parecer inofensivo, mas os danos são muito reais. Proteja os seus filhos através da informação, do diálogo e da vigilância atenta mas respeitosa.

Participe!

E você, já conversou com os seus filhos sobre os riscos dos cigarros eletrónicos?

Partilhe connosco a sua experiência nos comentários:

  • Já encontrou um vape entre os pertences do seu filho? Como abordou o tema?
  • Que dificuldades enfrentou?
  • Que estratégias funcionaram?

A sua história pode ajudar outras famílias!

Tem dúvidas sobre este tema? Deixe a sua questão nos comentários. A equipa da Clínica Pediátrica Coronado está aqui para ajudar.


Referências e Fontes

  1. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Electronic cigarette use among adults in the United States, 2019–2023. NCHS Data Brief, no 524. Janeiro 2025.

  2. Food and Drug Administration (FDA). National Youth Tobacco Survey 2024. Estados Unidos, 2024.

  3. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Alertas sobre EVALI - Doença Pulmonar Associada ao Uso de

    Dispositivos Eletrónicos para Fumar.

  4. Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Posicionamento sobre cigarros eletrónicos.

  5. Organização Mundial de Saúde (OMS). Relatório sobre dispositivos eletrónicos para fumar, 2024.

  6. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução sobre proibição de dispositivos eletrónicos para fumar no Brasil,

    2009.

  7. Terceiro Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD 3). Dados sobre uso de cigarro eletrónico entre adolescentes

    brasileiros, 2022-2024.

  8. Tobacco Control Journal. Estudo sobre exposição a metais tóxicos em adolescentes usuários de vapes, 2024. 

domingo, 5 de outubro de 2025

BRONQUIOLITE: O QUE OS PAIS PRECISAM DE SABER

 A bronquiolite é uma das principais causas de hospitalização em bebés durante o outono e inverno. Conhecer os sinais e saber como agir pode fazer toda a diferença para ajudar o vosso filho a recuperar bem.

O que é a Bronquiolite?

É uma infeção viral que afeta os bronquíolos (pequenos canais de ar nos pulmões), causando inflamação, inchaço e acumulação de muco que dificultam a respiração, especialmente nos mais pequenos.

Principal agente:

Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em 70-80% dos casos. Outros agentes: rinovírus, adenovírus, vírus da gripe.

Maior risco:

Bebés com menos de 6 meses
Prematuros
Doenças cardíacas ou pulmonares crónicas
Sistema imunitário enfraquecido

Exposição ao fumo do tabaco

Como reconhecer a Bronquiolite?

Começa como uma constipação e evolui em 2-3 dias:

Sintomas iniciais:

Corrimento nasal, tosse ligeira, febre baixa (nem sempre) 

Evolução (dias 3-5):

Tosse frequente e intensa
Respiração rápida e superficial
Pieira (som agudo tipo 'assobio')
Tiragem (afundamento do peito entre costelas)
Dificuldade em mamar/comer
Irritabilidade e sono agitado

Sinais de alarme - Procurar urgência:

Lábios ou unhas azulados
Pausas respiratórias (apneia)
Recusa alimentar
Sonolência excessiva
Respiração muito rápida (>60/minuto no bebé)
Gemido ao respirar

Desidratação: boca seca, sem lágrimas, <4 fraldas molhadas/dia

Diagnóstico e Tratamento

Diagnóstico:

Essencialmente clínico (história e observação). Casos graves podem necessitar radiografia, teste viral ou oximetria.

Tratamento de suporte (antibióticos NÃO funcionam):

Em casa:

Hidratação frequente
Cabeça elevada 30o
Ambiente húmido
Limpeza nasal com soro antes de comer/dormir
Refeições pequenas e frequentes

Repouso

No hospital (casos graves):

Oxigénio suplementar
Hidratação endovenosa
Monitorização contínua

Aspiração de secreções

Não fazer:

Medicamentos para tosse sem indicação médica
Vaporizações não recomendadas
Fumar perto da criança

Suspender amamentação

Prevenção: como proteger o seu bebé?

Medidas gerais:

Lavagem de mãos
Evitar multidões no inverno
Ambiente sem fumo
Amamentação
Limpeza de brinquedos

Evitar contacto com doentes


VACINAÇÃO ANTI-VSR: A GRANDE NOVIDADE!

Desde 2024, Portugal dispõe do nirsevimab (Beyfortus®), anticorpo monoclonal que oferece proteção durante toda a época VSR.

Não é vacina tradicional, mas anticorpo que confere imunidade passiva imediata e prolongada.

A quem se destina:

Todos os RN e lactentes no 1o ano

Até 24 meses com fatores de risco

Quando:

Nascidos outubro-março: logo após nascimento
Nascidos fora época: antes início circulação vírus

Dose única

Eficácia comprovada:

70-80% redução hospitalizações
75% redução formas graves

Proteção ~5 meses (época completa)

No PNV desde setembro 2024 - GRATUITA!

Evolução habitual

Dias 1-3: início, tipo constipação

Dias 3-5: pico sintomas respiratórios
Dias 5-7: melhoria gradual

Semanas 2-4: resolução (tosse pode persistir)

2-3% necessitam internamento, especialmente <3 meses.

Cuidar em Casa - Dicas Práticas

Hidratação:

Líquidos frequentes (leite materno/fórmula/água). Mamadas mais curtas e frequentes se necessário.

Alimentação:

Pequenas refeições, não forçar, privilegiar líquidos se difícil comer sólidos.

Respiração:

Lavar nariz com soro antes refeições/sono, elevar cabeceira, ar húmido, evitar fumo/irritantes.

Monitorizar:

Frequência respiratória, cor lábios, fraldas molhadas, estado alerta.

Febre:

Paracetamol se desconforto (sob orientação), não agasalhar demais.

Bronquiolite vs. Asma

São condições diferentes que importa distinguir:

Bronquiolite:

É o primeiro episódio de doença respiratória com pieira, sibilância e dificuldade respiratória na infância, provocado por infeção viral. Antes da vacina anti-VSR, era causada maioritariamente pelo Vírus Sincicial Respiratório. Trata-se de um episódio agudo que, na maioria dos casos, não se repete.

Asma infantil:

Refere-se a episódios recorrentes de tosse, sibilância/pieira e dificuldade respiratória, de qualquer causa. O diagnóstico de asma pressupõe pelo menos 3 episódios em 12 meses. É uma doença crónica inflamatória das vias aéreas que requer acompanhamento e tratamento específico.

Relação entre ambas:

Alguns bebés que tiveram bronquiolite podem desenvolver episódios recorrentes de pieira posteriormente. Uma percentagem destes evolui para asma, mas a maioria não.

O acompanhamento pediátrico regular permite identificar precocemente quem beneficia de vigilância mais apertada e tratamento específico.

Conclusão

A bronquiolite é comum e a maioria das crianças supera sem complicações. O essencial é reconhecer os sinais precocemente, saber quando procurar ajuda médica, manter a calma e cuidar com amor.

O nirsevimab representa um avanço significativo na proteção dos bebés contra formas graves de bronquiolite. Fale com o pediatra sobre esta e outras formas de manter o vosso filho saudável.

Partilhem:


JÁ VIVERAM UMA SITUAÇÃO DE BRONQUIOLITE? TÊM DÚVIDAS SOBRE A VACINA ANTI-VSR? OS VOSSOS COMENTÁRIOS AJUDAM-NOS A CRIAR CONTEÚDOS ÚTEIS PARA TODA A COMUNIDADE.



Referências

Direção-Geral da Saúde - Orientações Bronquiolite Sociedade Portuguesa de Pediatria
American Academy of Pediatrics - Clinical Practice Guideline Programa Nacional de Vacinação 2024 

sábado, 30 de agosto de 2025

VACINAS: A MELHOR PROTEÇÃO PARA O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS 💉🛡️✨

INTRODUÇÃO 🌟

As vacinas representam uma das maiores conquistas da medicina moderna e uma das intervenções de saúde pública mais eficazes de sempre. Graças à vacinação, doenças que outrora ceifavam milhares de vidas infantis são hoje raridades ou foram completamente erradicadas. Em Portugal, o sucesso do Programa Nacional de Vacinação (PNV) é inquestionável: salvou incontáveis vidas e transformou radicalmente a saúde infantil no nosso país.

Para os pais de hoje, é natural surgirem dúvidas sobre vacinas. Numa era de abundante informação (e desinformação), torna-se essencial compreender o que são as vacinas, como funcionam, quais os seus potenciais efeitos laterais e como distinguir factos científicos de mitos infundados. Este artigo pretende esclarecer estas questões e apresentar tanto o PNV 2025 como as vacinas adicionais recomendadas para uma proteção ainda mais completa dos nossos filhos.


O QUE SÃO AS VACINAS? 🔬🧬

As vacinas são preparações biológicas que estimulam o sistema imunitário a desenvolver imunidade contra doenças específicas, sem causar a doença em si. Funcionam como um "treino" para o nosso sistema de defesa, ensinando-o a reconhecer e combater microrganismos perigosos.


Como Funcionam as Vacinas?

Quando uma vacina é administrada, o sistema imunitário:

• Reconhece o agente infecioso (vírus ou bactéria enfraquecida/morta)

• Produz anticorpos específicos contra esse agente

• Cria memória imunológica para resposta futura mais rápida e eficaz

• Protege o organismo quando exposto ao agente real


Tipos de Vacinas

• Vacinas vivas atenuadas: Contêm microrganismos enfraquecidos (ex.: VASPR)

• Vacinas inativadas: Contêm microrganismos mortos (ex.: vacina da gripe)

• Vacinas de subunidades: Contêm partes específicas do microrganismo (ex.: hepatite)

• Vacinas conjugadas: Ligam antígenos a proteínas para melhor resposta (ex.: pneumocócica)


EFEITOS LATERAIS DAS VACINAS: OS 3 MAIS FREQUENTES 🌡️💊

É importante reconhecer que as vacinas, como qualquer medicamento, podem causar efeitos laterais. Felizmente, a grande maioria são ligeiros e temporários.


1. Reações Locais no Local da Injeção

Frequência: 10-20% das crianças

Sintomas:

• Dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção

• Podem durar 1-3 dias

Abordagem:

• Aplicar gelo envolvido em pano (10-15 minutos, várias vezes ao dia)

• Paracetamol para alívio da dor, se necessário

• Evitar massajar o local nas primeiras 24 horas


2. Febre Ligeira a Moderada

Frequência: 5-15% das crianças

Características:

• Temperatura entre 37,5°C - 39°C

• Surge 6-24 horas após a vacinação

• Dura habitualmente 1-2 dias

Abordagem:

• Manter a criança bem hidratada

• Vestuário leve e ambiente fresco

• Paracetamol ou ibuprofeno conforme indicação pediátrica

• Contactar o médico se febre > 39°C ou persistir > 48 horas


3. Irritabilidade e Sonolência

Frequência: 5-10% das crianças

Sintomas:

• Choro mais frequente

• Alteração do padrão de sono

• Diminuição do apetite temporária

Abordagem:

• Proporcionar ambiente calmo e confortável

• Manter rotinas habituais de sono e alimentação

• Dar extra carinho e atenção

• Sintomas resolvem espontaneamente em 24-48 horas


DESMISTIFICANDO AS VACINAS: MITOS VS. REALIDADE 🚫✅

MITO: "As vacinas causam autismo"

REALIDADE: Estudos com milhões de crianças comprovaram que não existe qualquer relação entre vacinas e autismo. O estudo original que sugeria esta ligação foi retirado por fraude.


MITO: "É melhor ter a doença natural do que ser vacinado"

REALIDADE: As doenças naturais apresentam riscos graves de complicações, sequelas permanentes e morte. As vacinas proporcionam imunidade sem estes riscos.


MITO: "As vacinas contêm ingredientes perigosos"

REALIDADE: Todos os componentes das vacinas são rigorosamente testados e aprovados. As quantidades de conservantes são mínimas e seguras.


MITO: "Tantas vacinas sobrecarregam o sistema imunitário"

REALIDADE: O sistema imunitário das crianças consegue lidar facilmente com múltiplas vacinas. Diariamente, estão expostas a milhares de antigénios no ambiente.


UM EXEMPLO DE SUCESSO: CAMPANHA CONTRA O SARAMPO (ANOS 80-90) 📈🏆

Portugal viveu uma transformação extraordinária na saúde infantil com a implementação massiva da vacinação contra o sarampo nos anos 80 e 90.


Antes da Vacinação:

• Mortalidade infantil por pneumonia secundária ao sarampo: Centenas de casos anuais

• Hospitalizações: Milhares de crianças internadas anualmente

• Sequelas neurológicas: Encefalites e complicações graves frequentes


Após a Campanha de Vacinação:

• Redução de 95% dos casos de sarampo

• Eliminação virtual da pneumonia por sarampo

• Mortalidade infantil por sarampo: Praticamente zero

• Portugal declarado livre de sarampo endémico em 2015


Este sucesso demonstra inequivocamente o poder das vacinas na proteção da saúde infantil e salvamento de vidas.


PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO 2025 🇵🇹📋

Ao Nascimento:

• Hepatite B (1.ª dose)

• BCG (apenas grupos de risco)

• Nirsevimab (época VSR: Out-Mar)


2 Meses:

• Hexavalente (DTPa + Hib + HBV + VIP) - 1.ª dose

• Prevenar 20 - 1.ª dose

• MenB (Bexsero) - 1.ª dose


4 Meses:

• Hexavalente - 2.ª dose

• Prevenar 20 - 2.ª dose

• MenB - 2.ª dose


6 Meses:

• Hexavalente - 3.ª dose


12 Meses:

• Prevenar 20 - 3.ª dose

• VASPR - 1.ª dose

• MenB - 3.ª dose

• MenACWY (Nimenrix) - dose única


18 Meses:

• Hexavalente - reforço


5-6 Anos:

• VASPR - 2.ª dose


10-13 Anos:

• HPV (2 doses com 6 meses de intervalo)

• dTpa (reforço 10/10 anos)


VACINAS EXTRA-PNV RECOMENDADAS 💡🌟

(recomendação pessoal)


Para além do PNV, existem vacinas adicionais que proporcionam proteção extra contra doenças importantes:


1. Vacina Anti-Rotavírus (Recomendação Universal)


Esquema: 3 doses aos 2, 4 e 6 meses

Porquê: Previne gastroenterites graves que são a principal causa de hospitalização por diarreia em lactentes

Benefícios: Redução de 85% das gastroenterites graves e 70% de todas as gastroenterites por rotavírus


2. Vacina Meningocócica ACWY (Proteção Precoce)


Esquema: 2-3 meses e 4-5 meses (antes da dose oficial aos 12 meses)

Porquê: Proteção precoce contra meningite, especialmente importante em creche

Benefícios: Cobertura antecipada durante período de maior vulnerabilidade


3. Vacina Pneumocócica 20 Serotipos (Dose Adicional) 🫁


Indicação: Uma dose para crianças que receberam esquema com menos serotipos

Porquê: Cobertura mais ampla contra pneumonias e meningites pneumocócicas

Benefícios: Proteção adicional contra estirpes emergentes


4. Vacina Hepatite A (Recomendação Universal)


Esquema: 2 doses a partir dos 18 meses, com intervalo de 6 meses a 1 ano

Porquê: Doença em ressurgimento, especialmente em viajantes

Benefícios: Proteção duradoura contra hepatite A e redução da transmissão comunitária


5. Vacina da Varicela (Casos Específicos)


• Grupos de risco (sempre)

• Adolescentes saudáveis > 10 anos sem doença prévia


Esquema: 2 doses com intervalo ≥ 4 semanas

Benefícios: Prevenção de complicações e herpes-zóster futuro


6. Vacina da Gripe Sazonal (Universal > 6 meses)


Esquema: Anual, tetravalente, a partir dos 6 meses

Porquê: Reduz hospitalizações, faltas escolares e transmissão familiar (aos + velhos)

Benefícios: Proteção individual e comunitária contra surtos sazonais


DICAS PRÁTICAS PARA PAIS 💡


Antes da Vacinação:

• Assegurar que a criança está saudável

• Levar caderneta de vacinação atualizada

• Preparar lista de dúvidas para esclarecer

• Paracetamol (1 hora antes)

• Explicar à criança (se idade adequada) de forma tranquilizadora


Durante a Vacinação:

• Manter a calma para transmitir segurança

• Segurar a criança com firmeza mas carinho

• Distrair com conversas, músicas ou brinquedos

• Elogiar a coragem da criança


Após a Vacinação:

• Observar a criança por 15-20 minutos

• Aplicar gelo no local se necessário

• Manter atividades normais, evitando apenas exercício intenso

• Contactar o médico se surgirem sintomas preocupantes


CONCLUSÃO 🌈


As vacinas são uma das ferramentas mais poderosas que temos para proteger a saúde das nossas crianças. O sucesso histórico em Portugal, exemplificado pela erradicação virtual do sarampo, demonstra inequivocamente o seu valor. O PNV 2025 oferece excelente proteção base, mas as vacinas extra-PNV proporcionam uma camada adicional de segurança especialmente valiosa no mundo globalizado de hoje.


Como pais, a nossa responsabilidade é tomarmos decisões informadas baseadas em evidência científica sólida, não em medos infundados ou mitos. Vacinar os nossos filhos é um ato de amor e responsabilidade, protegendo não apenas eles, mas toda a comunidade através da imunidade de grupo.


Lembrem-se: cada vacina administrada é um investimento no futuro saudável dos vossos filhos e uma contribuição para um mundo mais seguro para todas as crianças.


Partilhem connosco: Que dúvidas sobre vacinas vos preocupam mais? Já consideraram alguma das vacinas extra-PNV? As vossas questões ajudam-nos a criar conteúdo ainda mais útil!


Fontes: Direção-Geral da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Academia Americana de Pediatria, Sociedade Portuguesa de Pediatria.


Este artigo tem carácter informativo e não substitui a consulta médica. Consulte sempre o vosso pediatra para aconselhamento personalizado.


#Vacinas #PNV2025 #SaúdeInfantil #Prevenção #ClínicaCoronado #CKids #VacinaçãoInfantil #SaúdePública #Pedcast

domingo, 3 de agosto de 2025

PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL: PASSOS PRÁTICOS PARA PAIS 🍎👨‍👩‍👧‍👦

A obesidade infantil é um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI. Em Portugal, cerca de 29% das crianças entre os 6 e os 9 anos apresentam excesso de peso ou obesidade (COSI, 2023). Mais do que números, falamos de autoestima, bem-estar físico e prevenção de doenças futuras. Este guia prático destina-se a apoiar pais e cuidadores na criação de hábitos saudáveis desde cedo. 🌟


1. O que é a obesidade infantil? 🤔
Define-se por um índice de massa corporal (IMC) ≥ percentil 97 para idade e sexo, segundo as curvas da Organização Mundial da Saúde. O excesso de peso corresponde ao IMC entre os percentis 85 e 97. A obesidade não é um problema estético apenas: associa-se a diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono, problemas ortopédicos e impacto emocional (bullying, baixa autoestima). 💔

1.1 Fatores de risco ⚠️

• Genética e história familiar
• Excesso de ganho ponderal na gravidez
• Introdução precoce de alimentos hipercalóricos (< 4 meses)
• Sedentarismo (≥ 2 h/dia de ecrã) 📱
• Sono insuficiente (< 10–11 h nas idades escolares) 😴
• Ambiente "obesogénico" (publicidade, fast-food acessível, pouco espaço para brincar)


2. Avaliar e reconhecer sinais de alerta 🚨
O pediatra deve calcular IMC (índice de massa corporal) em todas as consultas de rotina. No dia-a-dia bserve se:

• Roupas deixam de servir rapidamente. 👕
• A criança perde fôlego em brincadeiras leves. 😮‍💨
• Surgem estrias ou zonas escuras na nuca/axilas (acantose nigricans).


3. Cinco Pilares para Prevenir a Obesidade 🏛️

3.1 Alimentação equilibrada 🥗
• Prato colorido: metade hortícolas, 1⁄4 proteína magra, 1⁄4 hidratos integrais. 🌈
• Evitar bebidas açucaradas; privilegiar água e leite. 💧🥛
• Pequenos-almoços ricos em fibra e proteína (ex.: aveia + iogurte natural + fruta). 🥣
• Guloseimas? Reserve-as para ocasiões especiais, sem "demonizar". 🍭
• Leitura de rótulos: < 5 g de açúcar por 100 g é regra-dourada. 🏷️

3.2 Atividade física diária 🏃‍♂️
A OMS recomenda ≥ 60 min de atividade moderada a vigorosa por dia. Sugestões:
• Caminhar ou pedalar para a escola. 🚶‍♀️🚴‍♂️
• Jogos no parque (escondidas, bola, corda). ⚽
• Dança ou artes marciais para os que não gostam de "desporto tradicional". 💃🥋

3.3 Sono reparador 😴
Sono insuficiente altera hormonas da saciedade (leptina, grelina). Crie rotina:
• Horário regular; ecrãs desligados 60 min antes. 📵
• Quarto escuro, silencioso, 18–20 °C. 🌙

3.4 Gestão emocional e relação com a comida 💭
• Evite usar comida como recompensa ou consolo.
• Ensine a criança a reconhecer fome vs. tédio.
• Pratique alimentação consciente: mastigar devagar, saborear. 🧘‍♀️

3.5 Ambiente familiar saudável 🏠
• Pais como modelo: comer o mesmo, exercitar-se juntos. 👨‍👩‍👧‍👦
• Refeições em família ≥ 5 vezes/semana reduzem risco de obesidade em 32%. 🍽️
• Cozinhar em casa > 4 vezes/semana corta ingestão média de 150 kcal/dia. 👨‍🍳

4. Dicas práticas para cada faixa etária 📊
0–2 anos 👶 Aleitamento materno exclusivo 6 m; evitar sumos; introduzir sólidos ricos em ferro e vegetais variados.

3–5 anos 🧒 Transformar legumes em sopas coloridas; jogos de corrida curtos; hora deitar ≤ 20h30.

6–9 anos 👧 Lanche escolar: fruta + pão integral; transporte ativo para escola; envolver criança nas compras.

10–12 anos 🧑 Ensinar leitura de rótulos; apps que contam passos; limite 2 h/dia ecrã recreativo.

13–17 anos 👦 Incentivar desportos de equipa; autonomia na confeção de snacks saudáveis; debate sobre marketing alimentar.


5. Como lidar com obstáculos comuns 🚧
• Falta de tempo para cozinhar > preparar legumes lavados no fim-de-semana. ⏰
• Negociação constante de doces > definir "dia da guloseima" (ex.: segundo sábado do mês). 🗓️
• Clima chuvoso > brincadeiras ativas em casa (dançar, yoga infantil). 🌧️
• Ambiente escolar > sugerir ao agrupamento "dia da fruta" e água na cantina. 🏫


Conclusão ✨
A prevenção da obesidade infantil depende de pequenas escolhas diárias que, somadas, fazem uma grande diferença. Comece hoje: escolha uma dica deste guia e implemente-a em família.

💬 Partilhe nos comentários: Qual destas estratégias vai experimentar primeiro? Como tem sido a vossa experiência em criar hábitos saudáveis em casa? Que obstáculos encontram no dia-a-dia? As vossas histórias inspiram outras famílias!

📚 Quer mais dicas sobre alimentação infantil? Vejam os nossos artigos sobre diversificação alimentar e aleitamento materno. Juntos faremos da comunidade C: Kids um espaço mais saudável! 🌟



Referências 📖

1. Organização Mundial da Saúde. Guideline on physical activity, sedentary behaviour and sleep for children under 5 years of age. Genebra, 2024.

2. Direção-Geral da Saúde. Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. Lisboa, 2023.

3. COSI Portugal. Relatório 2023: Prevalência de excesso de peso e obesidade infantil.

4. American Academy of Pediatrics. Clinical Report: The Role of the Pediatrician in Primary Prevention of Obesity. Pediatrics, 2022.




quinta-feira, 19 de junho de 2025

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DOS 2 AOS 18 ANOS

👋🥗🌱A alimentação tem um papel fundamental no crescimento saudável, no desenvolvimento cognitivo e emocional, e na prevenção de doenças ao longo da infância e adolescência. Neste artigo, encontra orientações claras e práticas sobre como alimentar crianças e adolescentes dos 2 aos 18 anos, sempre com base nas recomendações mais recentes das entidades oficiais de saúde. Uma nutrição equilibrada é essencial não só para o corpo, mas também para o desenvolvimento intelectual, a concentração escolar e a estabilidade emocional das crianças e jovens. 🍏🥦🥛
Fomentar bons hábitos alimentares desde cedo é garantir que as crianças crescem com energia, saúde e boa disposição. Além disso, a alimentação saudável contribui para a prevenção de doenças crónicas, como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e várias carências nutricionais. Ao longo deste artigo, encontrará estratégias simples, sugestões de refeições e dicas para cada etapa do crescimento. 📚🍽️👶

1. Princípios Básicos de Alimentação Saudável 🌾🍽️💧

Adotar princípios básicos de alimentação saudável é o primeiro passo para criar uma rotina alimentar equilibrada para toda a família. Estes princípios são válidos para todas as idades e adaptam-se facilmente ao contexto familiar e escolar:

·     Prefira alimentos frescos e pouco processados.

·     Fruta todos os dias: 3 a 5 unidades por dia.

·     Metade do prato com vegetais.

·     Proteínas magras: frango, peixe, ovos, leguminosas, tofu.

·     Cereais integrais: arroz integral, aveia, centeio, quinoa.

·     Hidratação adequada: 1 a 2 litros de água/dia conforme a idade.

·     Reduza sal, açúcar e gorduras saturadas.

·     Refeições em família promovem bons hábitos e laços afetivos.

·     Incentive a autonomia: envolva as crianças na escolha e preparação das refeições.

Estes princípios garantem o fornecimento de todos os nutrientes essenciais para o crescimento, aprendizagem e bom humor. Não se esqueça de dar o exemplo: crianças aprendem mais pelo que veem do que pelo que ouvem! 👪🍴🥒 

2. Quantidades Orientadoras 🥑🥛🥚

Saber adaptar as quantidades à idade da criança é importante para responder às necessidades do seu crescimento e atividade. A tabela abaixo apresenta valores orientadores para um dia típico, ajustando-se consoante o apetite e a energia despendida pela criança. Além disso, é fundamental observar a aceitação dos alimentos e a satisfação das necessidades de hidratação ao longo do dia. 🥄🕒🍶

Faixa EtáriaFruta/diaLegumes/diaProteína/refeiçãoLaticínios/diaOvos/semanaÁgua/dia
2-5 anos2-3100-150g50-70g400-500ml6-71-1,2L
6-12 anos3-4150g70-90g400-500ml6-71,2-1,5L
13-18 anos3-5150-200g90-120g500-600ml6-71,5-2L

Se o seu filho pratica desporto ou tem dias mais ativos, pode necessitar de reforço alimentar e maior ingestão de líquidos. As crianças e adolescentes têm ritmos diferentes e não é obrigatório comer exatamente as mesmas quantidades todos os dias. Confie na regulação natural do apetite dos mais novos e mantenha sempre a diversidade alimentar. 🍊🥕🥤

3. Sugestões de Refeições Práticas 🥣🥪🍲

A variedade é uma aliada poderosa na alimentação infantil e juvenil. Seguem-se sugestões práticas, pensadas para garantir uma alimentação completa, saborosa e fácil de preparar, que pode ser adaptada conforme as preferências e necessidades de cada criança. Aposte sempre na apresentação colorida e divertida dos pratos. 😊🍛🍓

    2 aos 5 anos 🎈🍌🥛

·     Pequeno-almoço: Papas de aveia com leite e banana OU pão de mistura com queijo e leite

·     Almoço: Almôndegas de frango com arroz e ervilhas OU filete de peixe ao vapor com batata e cenoura

·     Lanche: Iogurte natural com morangos OU maçã com amêndoas (1 ou 2 lanches/dia)

·     Jantar: Sopa de legumes com omelete OU puré de batata e abóbora com frango desfiado

Nesta idade, é importante expor a criança a novos sabores, texturas e cores. O envolvimento nas escolhas e na preparação das refeições é fundamental para desenvolver o gosto pela comida saudável. Sempre que possível, transforme o momento da refeição num espaço de partilha e aprendizagem. 🍽️👧👦

    6 aos 12 anos 🏫⚽🧃

·     Pequeno-almoço: Leite com pão integral OU iogurte natural com aveia e maçã

·     Almoço: Frango assado com batata e salada OU bacalhau desfiado com grão-de-bico e couve

·     Lanche: Barra de cereais integrais OU pera com nozes (1 ou 2 lanches/dia)

·     Jantar: Sopa de legumes com quiche de legumes OU arroz de legumes com ovo cozido

Entre os 6 e os 12 anos, aumentam as necessidades energéticas, especialmente nos dias de maior atividade escolar ou desportiva. Ofereça sempre alternativas saudáveis nos lanches e incentive o consumo de fruta e água. O contacto com outros colegas e a crescente autonomia tornam esta fase ideal para consolidar bons hábitos. 📚🥗🧒

    13 aos 18 anos 🏃‍♂️🥑📚

·     Pequeno-almoço: Leite com torradas integrais e abacate OU iogurte grego com muesli caseiro

·     Almoço: Bife de peru grelhado com massa integral e legumes OU salmão grelhado com quinoa e espargos

·     Lanche: Pão integral com pasta de atum OU iogurte natural com aveia e frutos vermelhos (1 ou 2 lanches/dia)

·     Jantar: Sopa rica de legumes com wrap de frango OU tofu grelhado com arroz basmati e brócolos

A adolescência é marcada pelo pico de crescimento, pela maior necessidade de energia e, muitas vezes, pelo desafio de manter uma alimentação equilibrada pelo meio da correria do dia a dia. Motive os adolescentes a experimentarem receitas novas, a cozinharem e a fazerem escolhas alimentares conscientes. Lembre-se que as escolhas feitas nesta fase impactam a saúde a longo prazo. 🥙🥦💪 

4. Dicas Práticas para Pais 👨‍👩‍👧‍👦🔎💬

·     Aposte em refeições coloridas e variadas.

·     Ofereça sempre água à disposição, evitando sumos e refrigerantes.

·     Não force a comer: respeite sinais de saciedade.

·     Envolva as crianças na confeção das refeições — promove autonomia e curiosidade alimentar.

·     Adapte a alimentação à atividade física e necessidades individuais.

Incentivar a descoberta de novos alimentos, transformar refeições em momentos de convívio e dar autonomia à criança são estratégias eficazes para o desenvolvimento de hábitos saudáveis. Sempre que possível, planeie refeições em família e mantenha uma atitude positiva à mesa. 🤗🥰🥄

5. Referências Oficiais 📑🌍📚

·     Organização Mundial de Saúde (OMS)

·     Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP)

·     American Academy of Pediatrics (AAP)

 Atualizado: abril 2025

Estas recomendações são baseadas em evidência científica e refletem as orientações mais atuais para garantir o melhor suporte ao desenvolvimento infantil e juvenil. Em caso de dúvidas sobre necessidades alimentares específicas, consulte o seu profissional de saúde. 🩺🔬📝

6. Conclusão ✨🙌🥗

Alimentar crianças e adolescentes de forma equilibrada é investir na saúde para toda a vida. Se ficou com dúvidas ou quer partilhar a sua experiência, deixe o seu comentário ou entre em contacto connosco. Acompanhe-nos no blogue e redes sociais para mais dicas práticas e conteúdos atualizados! Com persistência e criatividade, é possível fazer da alimentação saudável uma prioridade divertida e gratificante para toda a família. 💬🎉🥳

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