terça-feira, 26 de novembro de 2024

TOSSE NA CRIANÇA: CAUSAS FREQUENTES, SINAIS DE ALARME E CUIDADOS EM CASA

Tosse. Esse som que atravessa a noite, perturba o sono e preocupa pais desde tempos imemoriais. Será apenas um incómodo passageiro ou um sinal de alerta? Neste artigo, vamos ajudá-lo a distinguir entre a tosse comum e a que merece atenção médica. Para isso, responderemos às perguntas mais frequentes dos pais:

• Quais são as causas mais comuns da tosse?
• Como distinguir os tipos de tosse?
• O que pode fazer em casa?
• Quando deve procurar ajuda médica?

🫁 O que é a tosse?
A tosse é um reflexo natural do sistema respiratório. Serve para limpar as vias aéreas, eliminando muco, partículas irritantes ou até corpos estranhos. Contudo, quando se torna frequente ou persistente, pode afetar o bem-estar da criança — e deixar os cuidadores em sobressalto.
Existem dois tipos principais:

• Tosse seca – sem produção de muco, mais irritativa.
• Tosse produtiva – com expetoração, habitualmente mais “útil” na eliminação de secreções. 

Uma constipação comum, por exemplo, pode começar com tosse seca ligeira, evoluir para tosse produtiva acompanhada de pingo no nariz… e só desaparecer por completo após 2 a 3 semanas. Sim, isto é normal — sobretudo em bebés e crianças pequenas!

🦠 Quais são as causas mais frequentes?
A tosse pode ter múltiplas origens. Eis as principais:

• Vírus: Representam cerca de 90% dos casos de tosse em idade pediátrica (constipações, gripes, bronquiolites). A maioria é ligeira e resolve-se sem necessidade de antibióticos.
• Bactérias: Podem causar infeções como pneumonia, exigindo avaliação médica.
• Alergias: A poeira, os ácaros ou os pelos de animais podem provocar tosse crónica.
• Asma: Doença inflamatória das vias respiratórias, associada a tosse persistente, pieira (chiadeira) e dificuldade em respirar.
• Refluxo gastroesofágico: O ácido do estômago pode subir até ao esófago, irritando a garganta e provocando tosse.
• Corpos estranhos: Pequenos objetos aspirados por acidente podem causar tosse súbita e dificuldade respiratória — é uma emergência!

🔎 Como caracterizar a tosse?
Observar a tosse com atenção ajuda a perceber o que pode estar por detrás dela. Eis alguns aspetos úteis:

• Intensidade: ligeira, moderada ou intensa.
• Frequência: ocasional, persistente, em salvas (várias de seguida), contínua.
• Tipo:
• Seca – típica do início das viroses ou de origem alérgica.
• Produtiva – com muco, comum em infeções virais, na sua fase de resolução.
• Laríngea ou metálica – conhecida como "tosse de cão", frequente em laringites.
• Horário de agravamento: à noite, ao correr, em ambientes com fumo ou pó.
 
🏠 O que fazer em casa?
Antes de recorrer à farmácia, comece por cuidados simples e eficazes:

•💧 Ofereça líquidos frequentemente: ajudam a fluidificar o muco e mantêm as vias respiratórias húmidas.
• 🛏️ Eleve ligeiramente a cabeceira da cama: reduz a tosse noturna por escorrência nasal.
• 🚭 Evite irritantes como fumo do tabaco, ambientadores ou poluição.
• 🥗 Mantenha uma alimentação equilibrada para reforçar o sistema imunitário.
• ⚠️ Evite xaropes antitússicos e antibióticos sem prescrição médica.
 
🩺 Quando procurar ajuda médica?

• Quando a tosse persiste mais de 7 dias sem melhoria ou é de agravamento progressivo.
• Tosse acompanhada de:
   - Febre alta persistente
   - Pieira ou dificuldade em respirar
   - Vómitos frequentes com a tosse
   - Cianose (lábios ou ponta dos dedos arroxeados)
   - Recusa alimentar ou perda de peso
• Acontecer em crises violentas ou afetar o sono e alimentação.
• Não melhorar com os cuidados gerais acima referidos.
 
🧸 Conclusão
A tosse é um dos sintomas mais comuns na infância. Saber reconhecer os seus sinais e cuidar dela com serenidade faz toda a diferença. Quando bem informados, os pais tornam-se aliados preciosos na saúde dos seus filhos. 

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ℹ️ Nota Final

Este artigo tem caráter meramente informativo e não substitui a avaliação médica individualizada.
 

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

FEBRE NA INFÂNCIA: QUANDO SE PREOCUPAR E COMO AJUDAR O SEU FILHO 🌡️

A febre é uma presença frequente na vida de qualquer criança — e um dos sintomas que mais preocupam os pais. Mas será sempre sinal de alarme? Ou apenas um mensageiro do corpo em ação? Neste artigo, explicamos o essencial sobre a febre: como medi-la corretamente, o que a provoca, o que fazer em casa e quando procurar ajuda médica. Tudo com clareza e tranquilidade.

🔥 O que é, afinal, a febre?
A febre é uma elevação da temperatura corporal acima dos valores normais, geralmente como resposta a uma infeção. É um mecanismo natural de defesa do organismo — não é o inimigo, mas o sinal de que o corpo está a combater. Pense na febre como um alarme interno: não é agradável, mas está a avisá-lo de que o sistema imunitário está a trabalhar.
























🧪 Como se mede corretamente a temperatura?

Existem várias formas de medir a temperatura — algumas mais fiáveis do que outras:

Via retal: mais precisa em bebés, embora menos confortável.
Via axilar: mais comum e prática, especialmente em casa.
Termómetro auricular (ouvido): rápido, mas pode ser impreciso se mal posicionado.
Termómetro frontal (infravermelhos): cómodo, mas menos fiável. 

A temperatura axilar superior a 37,5°C ou retal superior a 38°C é, na maioria dos casos, considerada febre.

💡 Dica útil: 
Cada criança tem uma temperatura basal ligeiramente diferente. Para a conhecer, pode medi-la em três dias seguidos, sempre à mesma hora e em repouso, e fazer a média dos valores.

🦠 Quais são as causas mais comuns?
Na infãncia, as causas mais frequentes são infeçóes víricas simples e autolimitadas, como constipaçóes, gripes ou viroses gastrointestinais. Outras causas incluem:
Infeçóes bacterianas: otites, amigdalites estreptocócicas, infeçóes urinãrias, pneumonia, entre outras.
Vacinação recente: algumas vacinas podem provocar febre ligeira como efeito secundãrio temporãrio.
Golpes de calor ou desidratação, em situaçóes raras, também podem elevar a temperatura corporal.

🏠 O que fazer em casa?
Quando a febre surge, o mais importante é observar o estado geral da criança, mais do que o número exato no termómetro. Se estiver ativa, bem-disposta e hidratada, não é necessãrio intervir de imediato. Eis algumas medidas úteis:

💧 Ofereça líquidos com frequéncia (ãgua, leite materno, sumos diluídos).
👕 Vista roupas leves e confortãveis, evitando agasalhos excessivos.
🛌 Cubra com um lençol fino durante a subida da temperatura.
🚿 Banho morno ou compressas húmidas podem ajudar a aliviar o desconforto (evitar ãgua fria).
💊 Antipiréticos (paracetamol ou ibuprofeno) devem ser usados apenas se houver mal-estar ou dor, e sempre nas doses indicadas pelo pediatra.
❗ Não é necessário baixar a febre "a todo o custo". O mais importante é o bem-estar da criança.

🚨 Quando deve procurar ajuda médica?
Existem situações em que a febre merece avaliação imediata:

👶 Bebés com menos de 3 meses com qualquer grau de febre.
🌡️ Febre acima de 39 °C persistente por mais de 48 horas.
🚱 Sinais de desidratação: boca seca, choro sem lãgrimas, pouca urina, olhos encovados.
😵 Alteraçóes do estado geral: sonoléncia excessiva, irritabilidade marcada, confusão.
😷 Sintomas associados preocupantes: dificuldade em respirar, manchas na pele, rigidez do pescoço, vómitos persistentes ou dor abdominal intensa.

🧸 Conclusão
A febre é um sintoma, não uma doença. Na maioria das vezes, é transitória e benigna. O importante é avaliar o comportamento geral da criança e estar atento aos sinais de alarme. Com informação clara e atitude serena, os pais tornam-se os primeiros cuidadores eficazes.

ℹ️ Nota final
Este artigo tem carãcter informativo e não substitui a avaliação médica presencial.

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1,2,3... Partida!

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Este divide-se em três secções principais:
  1. Problemas de saúde comuns na Pediatria.
  2. Desenvolvimento saudável e Prevenção.
  3. Bem-estar social e emocional.
Na primeira secção, exploramos condições habituais que afetam as crianças, como febre, infeções respiratórias, alergias e doenças da pele etc. A segunda categoria é dedicada a temas importantes como a amamentação, o desenvolvimento psicomotor, a importância da vacinação e da nutrição. Por fim, a terceira secção aborda questões cruciais como a inclusão social, o impacto das novas tecnologias, o bullying, a saúde mental e a educação sexual. 

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